A
rotina nos evidencia a velocidade dos dias. Calculamos o caminho pelas
sensações.
Fico
pensando se lá no final minha biografia deixará um cara que começou como um
santo coitadinho e acabou como um escroto, causador de ódio e repulsa,
principalmente se se concretizar esta sociedade careta a que se encaminha, a
uma sociedade ultramoralista e coitada como nunca foi nem em minha infância.
Logo,
logo será 2016, parecerá tanto tempo, mas chega muito, muito breve a ponto de
já poder-se prever a sensação da velhice.
E
o que fiz?
E
o que faço nisso tudo, na arte, na vida, que tipo de filosofia que se sustenta
pela meta ou sei lá que forma de conexão, mas até quando? O que importará
amanhã? De fato nada disso importa hoje.
Sou
de outro tempo, gosto de ver os filmes daquela época, mas volto no tempo,
comparo seus objetos e vejo a ficção que é a história e a biografia.
Diego Marcell
02/04/2015
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