Só agora que a religião perdeu seu poder
dominador a geração pós-moderna pode raciocinar um deus que muito se parece ao
deus dos filósofos (sem levar em conta seu teor já ultrapassado e suas
variantes e complexidades filosóficas), isto evidencia que realmente o mito
caiu, ou pelo menos esta forma de mito alegórico, talvez haja outro (e de fato
há muitos outros), mas que já não vem na formatação que vinha desde quando se
consolidou uma imagem de deidade.
Tanto
os deuses personalistas e peripatéticos ou sua negação total pelo ateísmo do
século XX caem pela liberdade possibilitada à razão e pela forma de vida que a
sociedade individualista que mesmo sendo urbanamente tribal - esta posição é
mais externa que interna – tem que sua “religião” já não responde a um nicho,
mas somente às escolhas e influencias da personalidade e da razão livre e
exposta a toda e qualquer informação.
Bom, ao menos era de se
esperar que assim fosse, pois vemos que na ultima década principalmente tem
ressurgido um tendência que talvez por nostalgia do que não se viveu ou por
inveja e certamente por inocência, de recriações mitológicas, mas que esbarram
na dificuldade de associar a uma tradição que já não se tem registro, referência
e ligação.
Diego Marcell
08-07-2012
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