Muito
corriqueiramente se pergunta sobre a crença em Deus como se fosse o tópico mais
abissal e sublime ao mesmo tempo, ou, um ou outro dependendo quem pergunta e o
que se responde, mas junto a esta questão se atrelam coisas que não fazem parte
do enunciado puro e simples, pois a palavra ‘Deus’, colocada assim mesmo em maiúscula
carrega previas concepções socioculturais exclusivas da religião, portanto a questão
– Deus – é menos “poderosa” que a questão – religião -; agora se esta pergunta
fosse me colocada, eu haveria de duvidar somente da possibilidade ou da
probabilidade de qualquer re-ligação, esta de acesso peripatético, fenomenológico
ou simplesmente metafísico, esta falta de possibilidade de haver religare não extingue o Deus como causa,
nem mesmo o Deus como consequencia, aí o ateu se iguala ao religioso, fanático ou
não, na ambição de se ter (possuir) objetos de certeza numa fé mesmo que
inversa ou oposta. Se há Coisa imanente como todos sabem, então fica desnecessário
entrarmos nestas mesquinharias infantis, mas a anulação dos conceitos viáveis a
uma teologia me parece fundamental a quem deseja aplicar questões semelhantes, já
que divagar sobre formas, vontades e estados disso que por certo temos apenas a
nomenclatura, continuará sendo perda de tempo.
Diego Marcell
02-10-2013
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