10.7.13

Uma outra proposta metafísica


            Se para Anaxágoras o caos era ausência de NOUS, teria ele que derrotar a estas limitações que tornariam a contrariar todo processo inicial de seu propósito. O NOUS poderia estar inerte, mas não obstante da eternidade, só o movimento estaria obstante. Onde está a matéria e caos e NOUS (que não está na matéria, mas a impulsiona)? Podemos entrar aqui na crença ou estudo daqueles que tratam da mente, esta produziu matéria, analisemos um exemplo: quando alguém pensa muito em outra pessoa e acaba lhe encontrando na improbabilidade do dia – poder da mente – dizem eles, mas o que seria isto? A energia emanada do ponto A e atingindo o ponto B agiu na inconsciência deste fora de qualquer razão, numa similaridade do instinto a levou geograficamente ao local de atração.
            Mas existem situações em que a meu ver, não envolvem matéria, quando toda a convergência de fatos complexos lhe induzem num fim determinado, só exercido obviamente pela matéria, mas não impulsionada na essência do propósito pela matéria, sendo que só diz respeito ao ponto B (que seria o passivo) e os pontos A’s são instrumentos sem desejo (no máximo com um desejo que geraria desordem no todo) e sem onisciência para convergirem um propósito complexo, todo ponto A só realiza propósito simples, o complexo que envolve metafísica ficaria a cargo do NOUS que seria então o ponto Zero. Este não sendo matéria impulsionaria a matéria para a ordem seguir o fluxo – pensamento, energia e ato e consequencia.
            Por isso seria impossível o que afirmam alguns parapsicólogos de que a pessoa que é evoluída mentalmente pode evitar uma pré-visão com o repensar de outra forma a situação.
            Vou deixar uma citação de um tal de Jean-Paul, mas que eu não sei se é Sartre ou outro, página 56, mas que não sei de qual livro, pois anotei somente isso imaginando que iria lembrar:

Em geral, é bom que tudo o que é grande - rico de sentido para um espírito raro – não seja expresso senão sob forma breve e (por essa razão) obscura, a fim de que o espírito medíocre prefira ver nisso uma falta de sentido antes que transpô-lo na inanidade de seu pensamento. De fato, os espíritos comuns possuem a odiosa habilidade de só verem, no aforismo mais profundo e mais rico, nada que vá além de seu próprio bom senso cotidiano.

Diego Marcell

02-03-12

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