Se para Anaxágoras o caos era ausência
de NOUS, teria ele que derrotar a estas limitações que tornariam a contrariar
todo processo inicial de seu propósito. O NOUS poderia estar inerte, mas não obstante
da eternidade, só o movimento estaria obstante. Onde está a matéria e caos e
NOUS (que não está na matéria, mas a impulsiona)? Podemos entrar aqui na crença
ou estudo daqueles que tratam da mente, esta produziu matéria, analisemos um
exemplo: quando alguém pensa muito em outra pessoa e acaba lhe encontrando na
improbabilidade do dia – poder da mente – dizem eles, mas o que seria isto? A energia
emanada do ponto A e atingindo o ponto B agiu na inconsciência deste fora de
qualquer razão, numa similaridade do instinto a levou geograficamente ao local
de atração.
Mas existem situações em que a meu
ver, não envolvem matéria, quando toda a convergência de fatos complexos lhe
induzem num fim determinado, só exercido obviamente pela matéria, mas não impulsionada
na essência do propósito pela matéria, sendo que só diz respeito ao ponto B
(que seria o passivo) e os pontos A’s são instrumentos sem desejo (no máximo
com um desejo que geraria desordem no todo) e sem onisciência para convergirem
um propósito complexo, todo ponto A só realiza propósito simples, o complexo
que envolve metafísica ficaria a cargo do NOUS que seria então o ponto Zero. Este
não sendo matéria impulsionaria a matéria para a ordem seguir o fluxo –
pensamento, energia e ato e consequencia.
Por isso seria impossível o que
afirmam alguns parapsicólogos de que a pessoa que é evoluída mentalmente pode
evitar uma pré-visão com o repensar de outra forma a situação.
Vou deixar uma citação de um tal de
Jean-Paul, mas que eu não sei se é Sartre ou outro, página 56, mas que não sei
de qual livro, pois anotei somente isso imaginando que iria lembrar:
Em geral, é bom que tudo o que é
grande - rico de sentido para um espírito raro – não seja expresso senão sob
forma breve e (por essa razão) obscura, a fim de que o espírito medíocre prefira
ver nisso uma falta de sentido antes que transpô-lo na inanidade de seu
pensamento. De fato, os espíritos comuns possuem a odiosa habilidade de só
verem, no aforismo mais profundo e mais rico, nada que vá além de seu próprio bom
senso cotidiano.
Diego
Marcell
02-03-12
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