Tem que existir a moda, a moda de estações,
porque quando cai no corpo do povo este sem ter senso de estilo esculacha com
todo um trabalho ao banalizá-lo na uniformização dos balaios que copiam de
forma tosca a passarela, sendo que a passarela trás um projeto de conteúdos e
pesquisas que o povo não tem noção do que seja.
Tanto é assim que pessoas do povo
costumam rir e criticar das novidades, mas a partir do momento que a vizinha começa
a usar um modelito agora disponível no
bairro, a invejosa logo quer um igual, ela também deseja “estar na moda” e
aquilo já não lhe é ridículo, porque a partir do momento que verdadeiramente o modelito banalizado se torna ridículo diante
da Moda, ele deixa de ser para aqueles que acessam de forma banal, sem
referencia de moda, ela parte ao desejo do objeto a partir de referencias muito
próximas e destituídas de criticidade, ou seja, a vizinha, a filha, ou a
novela.
A partir do momento que há esta inversão
de valores no que é moda, para a Moda todo o trabalho está encerrado e é
preciso começar do zero (apesar de que em moda não exista ponto zero), agora o
que se vê nas ruas são carcaças sem vida do que foi a moda, onde a falta de
referencias que é inerente ao povo (massa) permite a distinção da usualidade
daqueles que não se prendem a passarela, mas à anteveem pela vivacidade do espírito
da Moda em seus espíritos de referencias; estes são espectros eternos de onde a
Moda bebe sua luz e come suas formas. Eles são para a moda, a moda é para a
moda e o povo é para o efêmero.
Diego
Marcell
28-04-2012
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