Ter tirado uma foto com Helena Ignez
para mim significa ter encontrado e ter estado com Rogério Sganzerla e Glauber Rocha
que muito cedo se foram, mas é também estar com toda uma geração do Cinema Novo
e do Cinema Marginal que foram minhas maiores inspirações audiovisuais. É ter
podido ser contemporâneo de um momento histórico ao assistir no ano de
lançamento o filme “Luz nas trevas”, que junto com “Ex isto” revelam que essa
linguagem ainda é possível com os novos recursos técnicos, basta saber
aplicá-la.
Basta
uma plano sequencia de “Sem essa, Aranha” para ensinar o conceito à aqueles que
amam isto verdadeiramente, amor como sinônimo de sangue para expressar gênero. Era
o que “Memórias do meu mundo” seria se existisse antes da era Youtube, mas
falar de coisas fora de seu tempo é besteira, então devemos aguardar as
novidades, só isso.
Na
ultima obra de Sganzerla “Signo do caos” fica o ar de obra prima, mas para mim
é pura beleza, se Glauber era épico com a “Idade da terra” e “Terra em transe”,
Rogério era onírico, sonho de um submundo feliz. Me resta uma essência Udigrudi.
Relembrando
o refrão de uma música que eu havia feito a muitos anos atrás: Efeitos, gruas, Helena Ignez
Pras minhas, pras suas, pra vocês.
Diego Marcell
20-07-2012
Na verdade conheço bem pouco do trabalho do Sganzerla, mas ouvir ela me deu a sensação de estar num tempo em que não pude pertencer.. foi uma oportunidade incrivel!Essa emoção é fantastica, achei supreendente sentir isso enquanto ouvia ela falando..
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