7.10.11

Sobre: Eu.

Uma criança pra guerra não sei se seria minhoca pro tubarão, Jonas pra baleia, se sairia bem, ou não? Talvez eu ainda seja muito branco prá'quilo, talvez meus olhos sejam muito verdes prá'quela paisagem cinza, talvez meus cabelos sejam muito macios prá'quele gás carbônico, talvez meu sotaque seja muito sulista prá'quela importação nordestina. Não é me redimir com palavras, pra uma estrada triste e sem horizontes, que antes haviam, tudo parecia infinito, hoje tudo parece apenas um cenário que acaba ali, depois daquele arbusto.

Não é pensar de mais, é apenas pensar melhor, é apenas pensar; é apenas assumir meu novo país, meu novo gosto Havaí, deixe Recife, deixe a Amazônia para os índios, deixe o Pantanal pra Juma, deixe a Argentina, deixe Cuba, deixe Nova York, deixe Portugal e a África pros conservadores, agora me deixe aqui em Santa Catarina graça Curitiba, Rio de Janeiro de criança, me deixe escolher o presidente do Fluminense, me deixe escolher o elenco, me deixe o cinema vir até todos, me deixe sambar quieto no show de rock, me deixe amar, pois o amor é a corda que move o brinquedo, me deixe ter amigas, me deixe criticar, me deixe casar, me deixe mudar, pois aprendi novas coisas, me deixe crer em Jesus Cristo pra me salvar na minha eterna alegria, me deixe ser Diego Marcell sem mérito nem demérito, só me deixe.

Diego Marcell em 2007, em meio a escolhas.




comentários:
Hélio disse...
Faça o que quiser, só não deixe de escolher... sempre!

Abraço!
5 de julho de 2011 10:19

Raquel Aline disse...
Sabe que não lembro de ter tido lido este texto?? Foi por algum momento em nossas vidas? Você se lembra?
Escolher é fundamental, parafraseando o Hélio "Faça o que quiser, só não deixe de escolher... sempre!", entretanto as vezes um atropela o outro nessa caminhada lado a lado, mas o importante é nunca esquecer este direito [individual] de escolher!
7 de julho de 2011 10:47

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