4.3.12

Num lugar que tem mar


Estou correndo
Pelas batidas ruas
Do meu pensamento.
Corro riscos
Riscando o pôr-do-sol
Quando o dia corre
Triste pôr-do-sol
Mas não tampe-o
 Não reprima uma lagrima
Ainda mais se vier silenciosa.
Corra perigo de multas
Raquel não me multe
Por correr desgovernado do seu lado.
Os playboys são um vírus
Que vazou pela praia vazia
Onde não há alegria
E minha poesia percorre sozinha.
Os Playboys são a decadência
Se não houvesse esse mar
Esse lugar não prestaria nem para abrigo nuclear
O mar purifica as faixas dos dias
Ele joga suas substancias no ar
Purificando-o continuamente
Para a temporada
Quando os glóbulos brancos do verão
E das estradas
Democratizam a cidade.
Se hoje o perfume é seco e velho
E cheira o cigarro das raves
E o ar vazio das sombras
E o oco das academias
Que bastasse um livro, lido ou no mínimo
Suspirado na orelha
Bastasse ele jogado na areia
Uma gota de água salgada
Secando na sua capa
E o barulho sinfônico das ondas quebrando
Para purificar e rejuvenescer este lugar.

Diego Marcell
09-09-2007

Nenhum comentário:

Postar um comentário