Nem sempre o riso democritiano é prazeroso, às vezes é a
única alternativa. O absurdo da atuação dos humanos que apesar do que dizem de
si não convencem a realidade dos fatos. Mesmo cansado eu consigo vos dizer
através da minha poesia, mas infelizmente aqueles que cruzo no caminho com seus
cadernos de poemas, tão serelepes, nada trazem.
Ao
exercitar o raciocínio diante de uma massa incapaz de distinguir a coisa
elementar “eu diria mesmo
que a burrice é a mais perigosa forma de loucura”[1]
sendo que o óbvio é travestido de absurdo pela quantidade doxológica dos
idiotas só posso chegar a conclusão que a solidão neste mundo diminuto é a
única saída ao ser pensante. Há como presumir algo mais triste e devastador
para nossa espécie?
Assim a ironia deve ser a capa dos
dias públicos, enquanto gargalhar uma faquinha de cortar pão. Não tem mais como
desperdiçar as palavras com aqueles que fazem tão mau uso delas. Na verdade
qualquer coisa que tenda a comunicação vou relegar do vulgo, vou me fechar na
caverna de acrílico e neon e dissecar as carnes das espécies que não alcançaram
a mágica fonética, porque ao menos entre eles há alguma razão de ser não
corroída de ilusão.
Diego
Marcell
06 de
agosto de 2017
Pequenos ensaios
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